IMPRENSA

 

 

«Joana Bértholo habitou-nos a livros provocadores, perguntadores, sedutores, sensíveis e extraordinariamente bem escritos. A sua escrita rompe com o cânone tradicional, misturando diferentes estilos narrativos, tempos e espaços, oferecendo ao leitor uma experiência ímpar de leitura.»

Júlia Martins, Mil Folhas

 

«Sendo também um romance sobre a maternidade, A História de Roma prova bem que os livros de Joana Bértholo nunca são exatamente sobre aquilo que parecem ser.»

Sara Belo Luís, Visão

 

«No romance A História de Roma, Joana Bértholo concebeu uma cativante narrativa íntima que, a partir dos desafios que levanta a maternidade, nos confronta com as questões mais duras que hoje se colocam perante nós

Diogo Vaz Pinto, Jornal Sol

 

«Há uma sobriedade delicada na distância como ambos os acontecimentos e as memórias são contados nesta história. É como se Joana Bértholo dotasse o presente e o passado de uma bolha de oxigénio, atenciosa para com a disponibilidade de quem lê

Cláudia Marques Santos, no Observador

 

«O leitor é agarrado às primeiras frases. Joana Bértholo regressa às histórias com a intensidade que lhe conhecemos e a veia poética que agradecemos.»

Ana Maria Ribeiro, no Correio da Manhã

 

«Erudito e lúdico, o romance [ECOLOGIA] de Joana Bértholo é um hino à linguagem humana, entendida como último reduto da liberdade

José Mário Silva, Expresso

 

«Joana Bértholo é autora de um livro incómodo e brilhantemente estruturado. Um livro revolucionário que analisa, sob o disfarce do romance, ou seja, através de histórias de pessoas com vidas que nos parecem familiares e próximas, o caos em que vivemos.»

Helena Vasconcelos, Público

 

«La aproximación a la literatura que tiene Joana Bértholo es muy particular en el escenario portugués. Dentro de su amplia trayectoria, ha sabido vincular la escritura con diversas manifestaciones artísticas, como el teatro, la danza y el diseño. Escritora de novelas, éstas suelen ser proyectos ambiciosos en el sentido en el que se presentan como espacios distópicos para reflexionar sobre el mundo real y sus dinámicas, incluso a través de recursos narrativos y del juego de estilos, como el espacio de la página y la tipografía, entre otros.»

Cristina Díaz, Punto de Partida

 

«[Ecologia] apresenta-se através de uma técnica de escrita original e poderosa. Surpreendente, pelo modo como o leitor vai sendo transportado, sem perda de fio condutor, para diferentes painéis narrativos; mas aquilo que mais me impressionou foi o grande valor de verdade deste livro. Ecologia mostra que uma ficção não é necessariamente o êxodo para um real alternativo, mas sim a imaginação de uma outra perspetiva.»

Viriato Soromenho Marques, Jornal de Letras

 

Escrita precisa, enxuta e muito interrogativa.”

Carlos Câmara Leme, Revista Ler

 

«Na literatura portuguesa nunca houve um romance assim [como O Lago Avesso]: vivido pelo e para o sentimento e pensado pela inteligência

Miguel Real, Jornal de Letras

 

 «Aquilo que para uns serve como “abertura fácil” ou como “fuga para a frente” ganha em Joana Bértholo uma dimensão de “estado superior de luta” , sendo perfeitamente transmissível a sensação de que trabalha mas não esforça, agudiza mas não estica, diverte-se e diverte-nos mas não deixa achincalhar a prosa, cria e inventa mas não se deixa escorregar para delírios rasteiros.»

João Gobern, Diário de Notícias

 

Os 33 contos e microcontos [de Havia] são do mais fresco e original que tem chegado às nossas livrarias.”

Ana Dias Ferreira, Time Out

 

«Os seus livros oferecem ao leitor mundos literários novos que, de certo modo, contradizem o senso comum institucionalizado, possuem inúmeras referências (subtextos) estéticas ao nível autoral e temático difíceis de compreender na totalidade, exploram e cruzam diferentes ramos de conhecimentos, ciência, arte, filosofia, tecnologia, mitologia, religião

Miguel Real, Jornal de Letras

 

 

 

 

Duas Pessoas a Fazer Televisão 

 

Uma conversa.

Novembro de 2024 — RTP3

Capas livros Dois Cavalos de Turim
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Uma conversa sobre livros, e roubo de livros, com Hugo Van der Ding e Martim Sousa Tavares.

 

ASSISTIR NA RTPplay 

 

No Centro do Humano

Março de 2024 — Jornal Rascunho

Capas livros Dois Cavalos de Turim
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LER ONLINE NA PÁGINA DO JORNAL RASCUNHO

 

Jornal Rascunho — O Jornal de Literatura do Brasil.

Entrevista com Rogério Pereira disponível em papel e online.

 

Entrevista com João Pedro Lobato

7 de Dezembro 2023 — Sapo

Capas livros Dois Cavalos de Turim
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LER NO SAPO

 

Conversa com João Pedro Lobato em torno do Ensaio “O Meu Treinador”, uma edição Fundação Francisco Manuel dos Santos.

 

Entrevista com Rita Silva Avelar

Novembro de 2023 — Revista Máxima 

Os Escritores Acordaram Para a Crise Climática?

Julho de 2023 — Ípsilon, jornal Público

Capas livros Dois Cavalos de Turim
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LER ONLINE

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Andréia Azevedo Soares (texto)

Gabriela Gómez (ilustração)

 

 

Conversa com Joana Bértholo, Andreia C. Faria, Rui Cardoso Martins, Pedro Eiras, João Reis, Margarida Vale Gato.

 

 

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O Paradoxo de uma nova Natureza

Miguel Real, Junho de 2023 — JL, Jornal de Artes, Letras e Ideias

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«Excelente novela, que se lê em menos de uma hora e nos deixa a pensar o resto da tarde.»

 

«Um novo livro de Joana Bértholo é sempre uma festa.»

 

 

Miguel Real

 

 

«Um novo livro de Joana Bértholo é sempre uma festa. Com Patricia Portela, Sandro William Junqueira, Afonso Cruz e Gonçalo M. Tavares, é um dos poucos autores que começaram a publicar no século XXI que cruza a apresentação de novas ideias culturais com uma excelente capacidade descritiva. Ou, dito de outro modo dizendo o mesmo, nos seus livros, não lhes basta expor uma representação realista crua, quase como uma fotografia descritiva da realidade, necessitam de a envolver numa ideia teórica, de lhe prestar um sentido filosófico. Assim desde o seu primeiro romance, Diálogos Para o Fim do Mundo (2010), e em O Lago Avesso (2013), Ecologia (2018), nos contos de Havia (2012) e de Inventario do Pó (2015), até no conto infantojuvenil O Museu do Pensamento (2017), galardoados com vários prémios.»

 

Neste sentido, com aqueles escritores e, na exploração do tema do corpo, o teatro de Cláudia Lucas Chéu, Joana Bértholo ostenta uma literatura nova, é exemplo de uma nova dobra no panorama da literatura portuguesa contemporânea. Estes autores não escrevem sobre Vasco da Gama e Camões, D. Sebastião e Nossa Senhora de Fátima, a Guerra Colonial, os sonhos do 25 de Abril e a Democracia, a queda do Império, a relação entre Portugal e a Europa, a desigualdade social, nem sequer escrevem sobre Portugal.
Concretamente, escrevem sobre os processos pelos quais é possível a unidade brotar da multiplicidade, não segundo uma lógica dedutíva ou uma lógica indutiva, antes segundo uma lógica paradoxal; de como é possível construir desconstruindo; de como fragmentariamente, ao modo caleidoscópico, se atinge a visão de um todo; de como, leibnizianamente falando, o interior mental de uma mónada (a mente e a imaginação da autora) reflete o universo material e social por inteiro (Ecologia, “Tudo toca-tudo, o tempo-todo”, p. 479).

 

A novela (no sentido de conto mais longo ou de romance de extensão menor) de Joana Bértholo ora publicada é um bom exemplo: o título Natureza Urbana é um paradoxo, já que, tradicionalmente, “urbano”, qualificativo de tudo o que diz respeito à cidade, opõe-se a “natureza”, qualificativo de tudo o que não é criado artificialmente pelo homem.
Por isso, natureza opõe-se a cultura e a civilização.
Quando a autora cruza os dois conceitos, qualificando a natureza como urbana, estabelece de imediato uma nova ideia: no mundo atual, globalizado, o urbano (os costumes, a mentalidade, a visão do mundo) existe também com a força e a solidez de um elemento natural.

 

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INVENTARI DE LA POLS na imprensa catalã

Março de 2023.

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«Inventari de la Pols», traduzido por Mònica López Bages para catalão, foi publicado pela Godall Ediciones.

 

 

 

NÙVOL

Entrevista com Marta Aliguer

Joana Bértholo: “Escriure sempre és problemàtic, però els problemes de la ficció m’agraden més”

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CATALUNYA RÀDIO

Entrevista com Adolf Beltran

“Joana Bértholo o la fabulació com a inventari”

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DIARI ARA

Entrevista com Jordi Nopca

“La intel-ligència artificial mai substituirà la veu d’un autor”

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TV3 / MÉS 324

Com Xavier Graset

Joana Bértholo ens presenta el recull de contes “Inventari de la pols”

LINK

A HISTÓRIA DE ROMA no Todas as Palavras

Com Inês Fonseca Santos, na RTP.

 

Ep. 45

18 Nov. 2022

Capas livros Dois Cavalos de Turim
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«Parte do mundo e dos seus temas está aqui neste romance.»

 

Inês Fonseca Santos

 

 

 

ASSISTIR na RTPplay [a partir dos 11’30”]

 

A HISTÓRIA DE ROMA na revista Visão

Visão de 17 de Novembro de 2022. Por Sara Belo Luís.

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«Depois de Ecologia (2018), um romance sobre um mundo distópico em que até as palavras se vendem e se compram, Joana Bértholo lança este A História de Roma – o qual foi escrito após várias viagens realizadas pela escritora, apesar de estar bem longe do género a que, habitualmente, se chama literatura de viagens. A narradora reencontra-se com um antigo companheiro na sua cidade (Lisboa) e, nesse périplo feito de memórias e de ficções, encontros e muitos desencontros, percorre também outras cidades que integram a sua geografia íntima: Buenos Aires, Berlim, Maputo, Beirute e Marselha. Roma é o nome da filha que não tiveram: “Tornar-se mãe não andará longe de recomeçar a civilização.”

Sendo também um romance sobre a maternidade, A História de Roma prova bem que os livros de Joana Bértholo nunca são exatamente sobre aquilo que parecem ser.»

 

 

Sara Belo Luís

 

 

 

A HISTÓRIA DE ROMA no Jornal Sol

Por Diogo Vaz Pinto a 30 de Outubro de 2022

 

Fotografias de Mário Melo Costa

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«No romance A História de Roma, Joana Bértholo concebeu uma cativante narrativa íntima que, a partir dos desafios que levanta a maternidade, nos confronta com as questões mais duras que hoje se colocam perante nós.»

 

Diogo Vaz Pinto

 

 

 

 

LER ENTREVISTA COMPLETA

A HISTÓRIA DE ROMA no Deus Me Livro / 1000 Folhas

Por Julia Martins · Em 28 de Outubro de 2022

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«Joana Bértholo habitou-nos a livros provocadores, perguntadores, sedutores, sensíveis e extraordinariamente bem escritos. A sua escrita rompe com o cânone tradicional, misturando diferentes estilos narrativos, tempos e espaços, oferecendo ao leitor uma experiência ímpar de leitura.»

 

Júlia Martins

 

 

 

 

LER CRÍTICA COMPLETA

A HISTÓRIA DE ROMA no Observador

Cláudia Marques Santos (texto) e Tomás Silva (fotografia), no Observador de 7 de outubro de 2022
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«Há uma sobriedade delicada na distância como ambos os acontecimentos e as memórias são contados nesta história. É como se Joana Bértholo dotasse o presente e o passado de uma bolha de oxigénio, atenciosa para com a disponibilidade de quem lê.»

 

Cláudia Marques Santos

A HISTÓRIA DE ROMA no Correio da Manhã

Ana Maria Ribeiro (texto) e Luís Barra (fotografia)

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«O leitor é agarrado às primeiras frases. Joana Bértholo regressa às histórias com a intensidade que lhe conhecemos e a veia poética que agradecemos.»

 

Ana Maria Ribeiro

A HISTÓRIA DE ROMA na Revista LER

Secção «Os Livros do Trimestre»

 

A HISTÓRIA DE ROMA no Jornal de Letras

Jornal de Letras de Outubro de 2022

 

 

 

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ECOLOGIA na Jornal Valor Econômico

Edição brasileira (Dublinense) ganha matéria no Jornal Valor Econômico, Setembro 2022

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Créditos imagens: www.dublinense.com.br

ECOLOGIA na Folha de São Paulo

Edição brasileira (Dublinense) ganha matéria na Folha de São Paulo, Junho 2022

Na Agenda Cultural de Lisboa

Maio 2022

 

AgendaLX

10 talentos para a próxima década

2020 — Montepio

4 estrelas para ECOLOGIA

29 de Dezembro de 2018 — Revista E, Expresso
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«Erudito e lúdico, o romance de Joana Bértholo é um hino à linguagem humana, entendida como último reduto da liberdade.»

«Joana Bértholo imagina um mundo (não tão diferente assim do atual) em que tudo foi privatizado – até a linguagem.»

 

 

José Mário Silva

Os Melhores de 2018

22 de Dezembro de 2018 — Revista E, Expresso
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«ECOLOGIA» nas escolhas de José Mário Silva

 

Todas as Palavras

Todas as Palavras: conversa com Inês Fonseca Santos emitida a 24 de Novembro de 2018 na RTP3
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«O terceiro romance de Joana Bértholo é um livro complexo e completo. Uma distopia necessariamente inquietante em que as palavras passam a ser coisas pagas.»

 

Inês Fonseca Santos no programa da RTP3 Todas as Palavras

 

 

ASSISTIR ONLINE

4 estrelas para ECOLOGIA

Suplemento ÍPSILON do jornal Público, 2018
Capas livros Dois Cavalos de Turim
«Joana Bértholo é autora de um livro incómodo e brilhantemente estruturado»

«Um livro revolucionário que analisa, sob o disfarce do romance, ou seja, através de histórias de pessoas com vidas que nos parecem familiares e próximas, o caos em que vivemos.»

 

 

«Quanto tempo falta para o futuro»

 

por Helena Vasconcelos

 

Ípsilon, 17 Agosto 2018, p. 31

 

ECOLOGIA no Jornal de Letras, Artes e Ideias

nº 1247 do JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias
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pág. 16: «Joana Bértholo, Pagar para falar» – entrevista de Ricardo Duarte

pág. 17: «Nova Literatura do século XXI» – crítica de Miguel Real

fotografias de Luís Barra

 

 

«Os seus livros oferecem ao leitor mundos literários novos que, de certo modo, contradizem o senso comum institucionalizado, possuem inúmeras referências (subtextos) estéticas ao nível autoral e temático difíceis de compreender na totalidade, exploram e cruzam diferentes ramos de conhecimentos, ciência, arte, filosofia, tecnologia, mitologia, religião.»

 

Miguel Real

«Paisagens da Nova Distopia Digital» no JL

Viriato Soromenho Marques no Jornal de Letras de 4 de Julho de 2018
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«PAISAGENS DA NOVA DISTOPIA DIGITAL
Não é comum escrever sobre romances neste espaço. Seria muito difícil, contudo, não prestar atenção a um novo romance da jovem e premiada escritora Joana Bértholo (JB), que partilha o título desta rubrica.
A sua leitura é um exercício que junta o fascínio de uma narrativa imaginativa, engenhosa nos seus recursos, com a inquietação dos temas e circunstâncias abordados. Somos transportados a um futuro, que reconhecemos já nas tendências emergentes do nosso vertiginoso e mutável presente.

LITERATURA E ECOLOGIA
Esta obra apresenta-se através de uma técnica de escrita original e poderosa. Surpreendente, pelo modo como o leitor vai sendo transportado, sem perda de fio condutor, para diferentes painéis narrativos; mas aquilo que mais me impressionou foi o grande valor de verdade deste livro. Ecologia mostra que uma ficção não é necessariamente o êxodo para um real alternativo, mas sim a imaginação de uma outra perspetiva, a partir da qual podemos abrir novas janelas de onde interrogamos o que de essencial se esconde nas manifestações do presente, sobretudo as suas linhas de fuga rumo a um futuro perigoso e desafiante. Nessa medida, a literatura pode e deve ser uma forma de heurística e hermenêutica da realidade, um veículo de alargamento gnosiológico. O livro de JB não receia situar-se na linha de uma literatura que não recusa constituir-se como um lugar intensivo de pensamento. Nesta obra o leitor pressente a densidade do valor de verdade de uma ficção profética, na ilustre e clássica linhagem de um Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou de 1984, de George Orwell.
O título deste livro respeita o conceito que também é. A semântica da Ecologia já existia antes de Ernst Haeckel ter cunhado o conceito em 1866. No século XVIII, o grande Lineu falava de uma “economia da Natureza”. O luso-brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva sublinhava a ação antrópica sobre o mundo, com os seus riscos.
Do mesmo modo que Alexander von Humboldt o fará na sua monumental obra. O essencial do conceito de “ecologia”, que JB incorpora plenamente na sua narrativa, reside numa teia viva e dinâmica de relações entre criaturas e entidades diversas, constituindo-se como um Mundo. Em muitos aspetos, a Ecologia ao evoluir para o conceito de ambiente ultrapassa visões dicotómicas absolutas, como a de homem/mundo ou cultura/ natureza. A autora desenvolveu para este livro, um intenso trabalho de pesquisa. Não só labor na leitura, mas também discussão com especialistas em diversas áreas científicas. O romancista não é diferente do ensaísta no que respeita à “marcha de aproximação” que o desenho e o desenvolvimento de uma obra exigem.
UTOPIA E DISTOPIA
Hoje, o conceito de Ecologia está ligado a um mundo em perda. Glenn Albrecht, um dos autores referidos, fala de “solastalgia”: a dor por um mundo que se desmorona à nossa volta, e nos deixa com um sentimento crescente de angústia e impotência. Depleção da biodiversidade, alterações climáticas, a paisagem que se degrada e contamina. Contudo, esta obra fala também de um mundo que está a surgir. Na Ecologia, mesmo em sentido mais estrito, aprende-se que existe sempre uma “sucessão ecológica”. Depois de um incêndio, a natureza procura reconstruir um novo equilíbrio, uma nova “comunidade clímax”. Até que ponto será possível um novo equilíbrio habitável? Eis a questão maior a que, contudo, este romance pela sua própria natureza não nos pode dar resposta. Esse será o trabalho para as políticas públicas, as doutrinas sociais e os movimentos religiosos. O que o leitor encontra efetivamente neste livro de Joana Bértholo, envolto numa claridade com sombras subtis, é o processo invisível, gradual, enviesado como o mercado mundial, que todos partilhamos, se vai tornando imperial também através da nossa adesão individual. Os homens, mulheres e crianças que habitam este livro vão sendo apropriados pela universal presença de uma esfera das transações que tudo absorve num surto de inovação tecnológica aparentemente ilimitado: a linguagem, os sonhos, os medos. O nosso desejo de felicidade individual, no eco do mercado, transforma-se num coro difuso onde se digitaliza o pensamento, o corpo, e se dissolve até à categoria de sujeito. As utopias individualistas desaguam numa distopia coletiva. Nessa medida, este livro também é um antecipado regresso ao futuro, contendo a latente esperança da literatura: a de que, na hora decisiva, a realidade seja capaz de desmentir a ficção.»

Blog «Erros Meus…»

Joaquim Margarido no blog Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente, 4 de Setembro de 2018

 

Texto original

«É de palavras que nos fala “Ecologia”, o último romance de Joana Bértholo, no prelo desde o passado mês de Maio. Habitando um futuro não muito distante do nosso, o livro descreve aquilo em que o mundo se tornou graças a tecnologias cada vez mais complexas, dando lugar a uma nova ordem social a qual, condensando uma nova forma de monocracia, dispensa o Estado. Cruzar as leis da oferta e da procura com o poder e sedução das manobras de marketing foi o caminho, o medo e o populismo as alavancas. Resultado: Um regime assente num refinamento do capitalismo, onde tudo se paga, até as palavras!

 

A leitura de “Ecologia”, de Joana Bértholo, força-nos a recuar no tempo, ao encontro do incontornável “1984”, de George Orwell. O livro, recorde-se, descrevia de forma realista o vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as sociedades capitalistas, a electrónica a sustentar um sofisticado sistema repressivo, o “big brother” a converter-se numa presença real e quotidiana. Sendo o virtual uma realidade demasiado distante, incompreensível mesmo para a generalidade dos leitores à época, é natural que George Orwell fosse inscrito na lista dos visionários e o livro passasse a figurar na secção de Ficção Científica. Com “Ecologia”, porém, a realidade é outra e bem diferente. O conhecimento que hoje temos do mundo e a percepção do que se passa à nossa volta torna o livro assustadoramente actual, um breve passo de distância entre a nossa realidade e a realidade ficcionada (muito mais breve do que se possa imaginar). Para tal, Joana Bértholo desenvolve a narrativa a partir dum conjunto de personagens com as quais facilmente nos identificamos – porque vivendo os mesmos dramas e convivendo com as mesmas dúvidas que nós -, alicerçando-a em acontecimentos próximos ou mesmo coincidentes com aqueles que marcam a actualidade.

 

Clarividente, segura no exercício de somar dois mais dois, a autora rejeita o tom profético para nos dar uma imagem daquilo que está em marcha. Privatizar a palavra como forma de controlar as massas pode parecer chocante mas não é nada que não tivesse acontecido já (veja-se o caso do franquismo e a forma como se silenciou o catalão, o galego e o basco); privatizar o pensamento, isso sim, é diabólico, mas sabemos também o quanto tem de correspondência com a ambição dos ricos e poderosos. Divertido, mordaz, cáustico, amargo, contundente, sarcástico, irónico, incisivo, corrosivo, provocante, estimulante, mobilizador e, sobretudo, extraordinariamente inteligente, “Ecologia” é um romance que encerra um conjunto de mensagens sólidas e avisos severos. Há que atentar nele e elevar a guarda. A terceira vaga está a chegar!

 

NOTA: Brilhante a forma como Joana Bértholo deslinda a questão do título deste seu livro. Uma solução notável, como notável é todo o trabalho em torno deste “Ecologia”.»

O MUSEU DO PENSAMENTO no Público

Rita Pimenta no Jornal Público, 7 de Outubro de 2017

 

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«Uma obra original, escrita num tom coloquial e bem-disposto, a que se juntam ilustrações num registo que combina bem com a clareza da linguagem. Não sendo imagens óbvias (à excepção dos múltiplos formatos de chapéus), estimulam a imaginação e a reflexão. Arriscaríamos chamar-lhes “imagens filosóficas”. É que dão que pensar…»

 

Rita Pimenta

O MUSEU DO PENSAMENTO na Visão

Pedro Dias de Almeida na Revista Visão de 4 de Outubro de 2017

 

«Este volume revela-se numa estrutura algo caótica que serve muito bem o seu tema: o pensamento livre dentro das nossas cabeças. (…) [C]om muito mais perguntas do que respostas, excelente ponto de partida para a arte de filosofar. Ou, simplesmente, pensar.»

 

Pedro Dias de Almeida 

O MUSEU DO PENSAMENTO no Expresso

José Mário Silva na revista E, do jornal Expresso, a 23 de Setembro de 2017

 

«Ou seja, este museu sem paredes coincide com o seu objeto: trata-se de um espaço bem pensado, onde se pensa de várias maneiras sobre o ato de pensar. Guiados por Miguel, um cicerone “muito bem vestido”, colocamo-nos no lugar do público invisível, que vai dando sinais da sua presença, das suas dúvidas e espantos. Jogando com as inventivas ilustrações de Pedro Semeano e Susana Diniz, a autora do texto imita a deriva própria do pensamento deixado em roda livre, avançando por associação de ideias, com inesperados saltos argumentativos e súbitas revelações, muitas vezes expressas em concisos rasgos poéticos.»

 

José Mário Silva

INVENTÁRIO DO PÓ no JL

Miguel Real, Jornal de Letras & Ideias

 

O LAGO AVESSO no JL

Miguel Real, Jornal de Letras & Ideias, 2013

 

“Na literatura portuguesa nunca houve um romance assim: vivido pelo e para o sentimento e pensado pela inteligência.”

 

Miguel Real

«Havia — Histórias de Coisa Que Havia e de Outras Que Vai Havendo» (2013)

 

 

 

 

«Aquilo que para uns serve como “abertura fácil” ou como “fuga para a frente” ganha em Joana Bértholo uma dimensão de “estado superior de luta” , sendo perfeitamente transmissível a sensação de que trabalha mas não esforça, agudiza mas não estica, diverte-se e diverte-nos mas não deixa achincalhar a prosa, cria e inventa mas não se deixa escorregar para delírios rasteiros

 

João Gobern, Diário de Notícias

 

 

Os 33 contos e microcontos [de Havia] são do mais fresco e original que tem chegado às nossas livrarias.”

 

Ana Dias Ferreira, Time Out

 

 

Esta segunda narrativa de Joana Bértholo constitui-se como o livro de microficção de mais elevada qualidade estética publicado em Portugal.

 

Miguel Real, Jornal de Letras

 

 

«Diálogos Para o Fim do Mundo» (2010)

 

 

 

 

 “Romance perturbador. Esperamos com forte expectativa o segundo livro de Joana Bértholo.”

 

Miguel Real, Jornal de Letras

 

 

Em suma, Diálogos para o Fim do Mundo – mosaico que «está a acabar desde que começou» e coloca habilmente em causa a própria ideia de romance – parece-me uma das estreias mais promissoras e estimulantes dos últimos anos.”

 

José Mário Silva, Expresso