2024
2023
- O MEU TREINADOR entrevista no Sapo
- A HISTÓRIA DE ROMA, entrevista na Revista Máxima
- Os Escritores Acordaram Para a Crise Climática? no Y — Público
- NATUREZA URBANA no Jornal de Letras e Ideias
- INVENTARI DE LA POLS na imprensa catalã
2022
- A HISTÓRIA DE ROMA no Todas as Palavras/RTP
- A HISTÓRIA DE ROMA na Visão
- A HISTÓRIA DE ROMA no Jornal Sol
- A HISTÓRIA DE ROMA no DeusMeLivro
- A HISTÓRIA DE ROMA no Observador
- A HISTÓRIA DE ROMA no CM
- A HISTÓRIA DE ROMA na Revista Ler
- A HISTÓRIA DE ROMA no JL
- ECOLOGIA no Valor Econômico
- ECOLOGIA na Folha de São Paulo
- Entrevista Agenda Cultural LX
2020
- 10 talentos para a próxima década
- 4 estrelas para ECOLOGIA
- Os melhores de 2018
- ECOLOGIA no Todas as Palavras
- 4 estrelas para ECOLOGIA
- ECOLOGIA no JL
- Viriato Soromenho Marques sobre ECOLOGIA
- Blog «Erros Meus…»
- O MUSEU DO PENSAMENTO no Público
- O MUSEU DO PENSAMENTO na Visão
- O MUSEU DO PENSAMENTO no Expresso
- INVENTÁRIO DO PÓ no JL
- O LAGO AVESSO no JL
- HAVIA (destaques)
- DIÁLOGOS PARA O FIM DO MUNDO (destaques)
«Joana Bértholo habitou-nos a livros provocadores, perguntadores, sedutores, sensíveis e extraordinariamente bem escritos. A sua escrita rompe com o cânone tradicional, misturando diferentes estilos narrativos, tempos e espaços, oferecendo ao leitor uma experiência ímpar de leitura.»
Júlia Martins, Mil Folhas
«Sendo também um romance sobre a maternidade, A História de Roma prova bem que os livros de Joana Bértholo nunca são exatamente sobre aquilo que parecem ser.»
Sara Belo Luís, Visão
«No romance A História de Roma, Joana Bértholo concebeu uma cativante narrativa íntima que, a partir dos desafios que levanta a maternidade, nos confronta com as questões mais duras que hoje se colocam perante nós.»
Diogo Vaz Pinto, Jornal Sol
«Há uma sobriedade delicada na distância como ambos os acontecimentos e as memórias são contados nesta história. É como se Joana Bértholo dotasse o presente e o passado de uma bolha de oxigénio, atenciosa para com a disponibilidade de quem lê.»
Cláudia Marques Santos, no Observador
«O leitor é agarrado às primeiras frases. Joana Bértholo regressa às histórias com a intensidade que lhe conhecemos e a veia poética que agradecemos.»
Ana Maria Ribeiro, no Correio da Manhã
«Erudito e lúdico, o romance [ECOLOGIA] de Joana Bértholo é um hino à linguagem humana, entendida como último reduto da liberdade.»
José Mário Silva, Expresso
«Joana Bértholo é autora de um livro incómodo e brilhantemente estruturado. Um livro revolucionário que analisa, sob o disfarce do romance, ou seja, através de histórias de pessoas com vidas que nos parecem familiares e próximas, o caos em que vivemos.»
Helena Vasconcelos, Público
«La aproximación a la literatura que tiene Joana Bértholo es muy particular en el escenario portugués. Dentro de su amplia trayectoria, ha sabido vincular la escritura con diversas manifestaciones artísticas, como el teatro, la danza y el diseño. Escritora de novelas, éstas suelen ser proyectos ambiciosos en el sentido en el que se presentan como espacios distópicos para reflexionar sobre el mundo real y sus dinámicas, incluso a través de recursos narrativos y del juego de estilos, como el espacio de la página y la tipografía, entre otros.»
Cristina Díaz, Punto de Partida
«[Ecologia] apresenta-se através de uma técnica de escrita original e poderosa. Surpreendente, pelo modo como o leitor vai sendo transportado, sem perda de fio condutor, para diferentes painéis narrativos; mas aquilo que mais me impressionou foi o grande valor de verdade deste livro. Ecologia mostra que uma ficção não é necessariamente o êxodo para um real alternativo, mas sim a imaginação de uma outra perspetiva.»
Viriato Soromenho Marques, Jornal de Letras
“Escrita precisa, enxuta e muito interrogativa.”
Carlos Câmara Leme, Revista Ler
«Na literatura portuguesa nunca houve um romance assim [como O Lago Avesso]: vivido pelo e para o sentimento e pensado pela inteligência.»
Miguel Real, Jornal de Letras
«Aquilo que para uns serve como “abertura fácil” ou como “fuga para a frente” ganha em Joana Bértholo uma dimensão de “estado superior de luta” , sendo perfeitamente transmissível a sensação de que trabalha mas não esforça, agudiza mas não estica, diverte-se e diverte-nos mas não deixa achincalhar a prosa, cria e inventa mas não se deixa escorregar para delírios rasteiros.»
João Gobern, Diário de Notícias
“Os 33 contos e microcontos [de Havia] são do mais fresco e original que tem chegado às nossas livrarias.”
Ana Dias Ferreira, Time Out
«Os seus livros oferecem ao leitor mundos literários novos que, de certo modo, contradizem o senso comum institucionalizado, possuem inúmeras referências (subtextos) estéticas ao nível autoral e temático difíceis de compreender na totalidade, exploram e cruzam diferentes ramos de conhecimentos, ciência, arte, filosofia, tecnologia, mitologia, religião.»
Miguel Real, Jornal de Letras
Duas Pessoas a Fazer Televisão
Uma conversa.
Novembro de 2024 — RTP3
Uma conversa sobre livros, e roubo de livros, com Hugo Van der Ding e Martim Sousa Tavares.
No Centro do Humano
Março de 2024 — Jornal Rascunho
LER ONLINE NA PÁGINA DO JORNAL RASCUNHO
Jornal Rascunho — O Jornal de Literatura do Brasil.
Entrevista com Rogério Pereira disponível em papel e online.
Entrevista com João Pedro Lobato
7 de Dezembro 2023 — Sapo
Conversa com João Pedro Lobato em torno do Ensaio “O Meu Treinador”, uma edição Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Entrevista com Rita Silva Avelar
Novembro de 2023 — Revista Máxima
Os Escritores Acordaram Para a Crise Climática?
Julho de 2023 — Ípsilon, jornal Público
Andréia Azevedo Soares (texto)
Gabriela Gómez (ilustração)
Conversa com Joana Bértholo, Andreia C. Faria, Rui Cardoso Martins, Pedro Eiras, João Reis, Margarida Vale Gato.
O Paradoxo de uma nova Natureza
Miguel Real, Junho de 2023 — JL, Jornal de Artes, Letras e Ideias
«Excelente novela, que se lê em menos de uma hora e nos deixa a pensar o resto da tarde.»
«Um novo livro de Joana Bértholo é sempre uma festa.»
Miguel Real
«Um novo livro de Joana Bértholo é sempre uma festa. Com Patricia Portela, Sandro William Junqueira, Afonso Cruz e Gonçalo M. Tavares, é um dos poucos autores que começaram a publicar no século XXI que cruza a apresentação de novas ideias culturais com uma excelente capacidade descritiva. Ou, dito de outro modo dizendo o mesmo, nos seus livros, não lhes basta expor uma representação realista crua, quase como uma fotografia descritiva da realidade, necessitam de a envolver numa ideia teórica, de lhe prestar um sentido filosófico. Assim desde o seu primeiro romance, Diálogos Para o Fim do Mundo (2010), e em O Lago Avesso (2013), Ecologia (2018), nos contos de Havia (2012) e de Inventario do Pó (2015), até no conto infantojuvenil O Museu do Pensamento (2017), galardoados com vários prémios.»
Neste sentido, com aqueles escritores e, na exploração do tema do corpo, o teatro de Cláudia Lucas Chéu, Joana Bértholo ostenta uma literatura nova, é exemplo de uma nova dobra no panorama da literatura portuguesa contemporânea. Estes autores não escrevem sobre Vasco da Gama e Camões, D. Sebastião e Nossa Senhora de Fátima, a Guerra Colonial, os sonhos do 25 de Abril e a Democracia, a queda do Império, a relação entre Portugal e a Europa, a desigualdade social, nem sequer escrevem sobre Portugal.
Concretamente, escrevem sobre os processos pelos quais é possível a unidade brotar da multiplicidade, não segundo uma lógica dedutíva ou uma lógica indutiva, antes segundo uma lógica paradoxal; de como é possível construir desconstruindo; de como fragmentariamente, ao modo caleidoscópico, se atinge a visão de um todo; de como, leibnizianamente falando, o interior mental de uma mónada (a mente e a imaginação da autora) reflete o universo material e social por inteiro (Ecologia, “Tudo toca-tudo, o tempo-todo”, p. 479).
A novela (no sentido de conto mais longo ou de romance de extensão menor) de Joana Bértholo ora publicada é um bom exemplo: o título Natureza Urbana é um paradoxo, já que, tradicionalmente, “urbano”, qualificativo de tudo o que diz respeito à cidade, opõe-se a “natureza”, qualificativo de tudo o que não é criado artificialmente pelo homem.
Por isso, natureza opõe-se a cultura e a civilização.
Quando a autora cruza os dois conceitos, qualificando a natureza como urbana, estabelece de imediato uma nova ideia: no mundo atual, globalizado, o urbano (os costumes, a mentalidade, a visão do mundo) existe também com a força e a solidez de um elemento natural.
INVENTARI DE LA POLS na imprensa catalã
Março de 2023.
«Inventari de la Pols», traduzido por Mònica López Bages para catalão, foi publicado pela Godall Ediciones.
NÙVOL
Entrevista com Marta Aliguer
Joana Bértholo: “Escriure sempre és problemàtic, però els problemes de la ficció m’agraden més”
CATALUNYA RÀDIO
Entrevista com Adolf Beltran
“Joana Bértholo o la fabulació com a inventari”
DIARI ARA
Entrevista com Jordi Nopca
“La intel-ligència artificial mai substituirà la veu d’un autor”
TV3 / MÉS 324
Com Xavier Graset
Joana Bértholo ens presenta el recull de contes “Inventari de la pols”
A HISTÓRIA DE ROMA no Todas as Palavras
Com Inês Fonseca Santos, na RTP.
Ep. 45
18 Nov. 2022
«Parte do mundo e dos seus temas está aqui neste romance.»
Inês Fonseca Santos
ASSISTIR na RTPplay [a partir dos 11’30”]
A HISTÓRIA DE ROMA na revista Visão
Visão de 17 de Novembro de 2022. Por Sara Belo Luís.
«Depois de Ecologia (2018), um romance sobre um mundo distópico em que até as palavras se vendem e se compram, Joana Bértholo lança este A História de Roma – o qual foi escrito após várias viagens realizadas pela escritora, apesar de estar bem longe do género a que, habitualmente, se chama literatura de viagens. A narradora reencontra-se com um antigo companheiro na sua cidade (Lisboa) e, nesse périplo feito de memórias e de ficções, encontros e muitos desencontros, percorre também outras cidades que integram a sua geografia íntima: Buenos Aires, Berlim, Maputo, Beirute e Marselha. Roma é o nome da filha que não tiveram: “Tornar-se mãe não andará longe de recomeçar a civilização.”
Sendo também um romance sobre a maternidade, A História de Roma prova bem que os livros de Joana Bértholo nunca são exatamente sobre aquilo que parecem ser.»
Sara Belo Luís
A HISTÓRIA DE ROMA no Jornal Sol
Por Diogo Vaz Pinto a 30 de Outubro de 2022
Fotografias de Mário Melo Costa
«No romance A História de Roma, Joana Bértholo concebeu uma cativante narrativa íntima que, a partir dos desafios que levanta a maternidade, nos confronta com as questões mais duras que hoje se colocam perante nós.»
Diogo Vaz Pinto
A HISTÓRIA DE ROMA no Deus Me Livro / 1000 Folhas
Por Julia Martins · Em 28 de Outubro de 2022
«Joana Bértholo habitou-nos a livros provocadores, perguntadores, sedutores, sensíveis e extraordinariamente bem escritos. A sua escrita rompe com o cânone tradicional, misturando diferentes estilos narrativos, tempos e espaços, oferecendo ao leitor uma experiência ímpar de leitura.»
Júlia Martins
A HISTÓRIA DE ROMA no Observador
«Há uma sobriedade delicada na distância como ambos os acontecimentos e as memórias são contados nesta história. É como se Joana Bértholo dotasse o presente e o passado de uma bolha de oxigénio, atenciosa para com a disponibilidade de quem lê.»
Cláudia Marques Santos
A HISTÓRIA DE ROMA no Correio da Manhã
Ana Maria Ribeiro (texto) e Luís Barra (fotografia)
«O leitor é agarrado às primeiras frases. Joana Bértholo regressa às histórias com a intensidade que lhe conhecemos e a veia poética que agradecemos.»
Ana Maria Ribeiro
A HISTÓRIA DE ROMA na Revista LER
ECOLOGIA na Jornal Valor Econômico
Edição brasileira (Dublinense) ganha matéria no Jornal Valor Econômico, Setembro 2022
Créditos imagens: www.dublinense.com.br
ECOLOGIA na Folha de São Paulo
Na Agenda Cultural de Lisboa
10 talentos para a próxima década
4 estrelas para ECOLOGIA
«Joana Bértholo imagina um mundo (não tão diferente assim do atual) em que tudo foi privatizado – até a linguagem.»
José Mário Silva
Os Melhores de 2018
Todas as Palavras
Inês Fonseca Santos no programa da RTP3 Todas as Palavras
4 estrelas para ECOLOGIA
«Um livro revolucionário que analisa, sob o disfarce do romance, ou seja, através de histórias de pessoas com vidas que nos parecem familiares e próximas, o caos em que vivemos.»
«Quanto tempo falta para o futuro»
por Helena Vasconcelos
Ípsilon, 17 Agosto 2018, p. 31
ECOLOGIA no Jornal de Letras, Artes e Ideias
pág. 17: «Nova Literatura do século XXI» – crítica de Miguel Real
fotografias de Luís Barra
«Os seus livros oferecem ao leitor mundos literários novos que, de certo modo, contradizem o senso comum institucionalizado, possuem inúmeras referências (subtextos) estéticas ao nível autoral e temático difíceis de compreender na totalidade, exploram e cruzam diferentes ramos de conhecimentos, ciência, arte, filosofia, tecnologia, mitologia, religião.»
Miguel Real
«Paisagens da Nova Distopia Digital» no JL
Não é comum escrever sobre romances neste espaço. Seria muito difícil, contudo, não prestar atenção a um novo romance da jovem e premiada escritora Joana Bértholo (JB), que partilha o título desta rubrica.
A sua leitura é um exercício que junta o fascínio de uma narrativa imaginativa, engenhosa nos seus recursos, com a inquietação dos temas e circunstâncias abordados. Somos transportados a um futuro, que reconhecemos já nas tendências emergentes do nosso vertiginoso e mutável presente.
LITERATURA E ECOLOGIA
Esta obra apresenta-se através de uma técnica de escrita original e poderosa. Surpreendente, pelo modo como o leitor vai sendo transportado, sem perda de fio condutor, para diferentes painéis narrativos; mas aquilo que mais me impressionou foi o grande valor de verdade deste livro. Ecologia mostra que uma ficção não é necessariamente o êxodo para um real alternativo, mas sim a imaginação de uma outra perspetiva, a partir da qual podemos abrir novas janelas de onde interrogamos o que de essencial se esconde nas manifestações do presente, sobretudo as suas linhas de fuga rumo a um futuro perigoso e desafiante. Nessa medida, a literatura pode e deve ser uma forma de heurística e hermenêutica da realidade, um veículo de alargamento gnosiológico. O livro de JB não receia situar-se na linha de uma literatura que não recusa constituir-se como um lugar intensivo de pensamento. Nesta obra o leitor pressente a densidade do valor de verdade de uma ficção profética, na ilustre e clássica linhagem de um Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou de 1984, de George Orwell.
O título deste livro respeita o conceito que também é. A semântica da Ecologia já existia antes de Ernst Haeckel ter cunhado o conceito em 1866. No século XVIII, o grande Lineu falava de uma “economia da Natureza”. O luso-brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva sublinhava a ação antrópica sobre o mundo, com os seus riscos.
Do mesmo modo que Alexander von Humboldt o fará na sua monumental obra. O essencial do conceito de “ecologia”, que JB incorpora plenamente na sua narrativa, reside numa teia viva e dinâmica de relações entre criaturas e entidades diversas, constituindo-se como um Mundo. Em muitos aspetos, a Ecologia ao evoluir para o conceito de ambiente ultrapassa visões dicotómicas absolutas, como a de homem/mundo ou cultura/ natureza. A autora desenvolveu para este livro, um intenso trabalho de pesquisa. Não só labor na leitura, mas também discussão com especialistas em diversas áreas científicas. O romancista não é diferente do ensaísta no que respeita à “marcha de aproximação” que o desenho e o desenvolvimento de uma obra exigem.
UTOPIA E DISTOPIA
Hoje, o conceito de Ecologia está ligado a um mundo em perda. Glenn Albrecht, um dos autores referidos, fala de “solastalgia”: a dor por um mundo que se desmorona à nossa volta, e nos deixa com um sentimento crescente de angústia e impotência. Depleção da biodiversidade, alterações climáticas, a paisagem que se degrada e contamina. Contudo, esta obra fala também de um mundo que está a surgir. Na Ecologia, mesmo em sentido mais estrito, aprende-se que existe sempre uma “sucessão ecológica”. Depois de um incêndio, a natureza procura reconstruir um novo equilíbrio, uma nova “comunidade clímax”. Até que ponto será possível um novo equilíbrio habitável? Eis a questão maior a que, contudo, este romance pela sua própria natureza não nos pode dar resposta. Esse será o trabalho para as políticas públicas, as doutrinas sociais e os movimentos religiosos. O que o leitor encontra efetivamente neste livro de Joana Bértholo, envolto numa claridade com sombras subtis, é o processo invisível, gradual, enviesado como o mercado mundial, que todos partilhamos, se vai tornando imperial também através da nossa adesão individual. Os homens, mulheres e crianças que habitam este livro vão sendo apropriados pela universal presença de uma esfera das transações que tudo absorve num surto de inovação tecnológica aparentemente ilimitado: a linguagem, os sonhos, os medos. O nosso desejo de felicidade individual, no eco do mercado, transforma-se num coro difuso onde se digitaliza o pensamento, o corpo, e se dissolve até à categoria de sujeito. As utopias individualistas desaguam numa distopia coletiva. Nessa medida, este livro também é um antecipado regresso ao futuro, contendo a latente esperança da literatura: a de que, na hora decisiva, a realidade seja capaz de desmentir a ficção.»
Blog «Erros Meus…»
A leitura de “Ecologia”, de Joana Bértholo, força-nos a recuar no tempo, ao encontro do incontornável “1984”, de George Orwell. O livro, recorde-se, descrevia de forma realista o vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as sociedades capitalistas, a electrónica a sustentar um sofisticado sistema repressivo, o “big brother” a converter-se numa presença real e quotidiana. Sendo o virtual uma realidade demasiado distante, incompreensível mesmo para a generalidade dos leitores à época, é natural que George Orwell fosse inscrito na lista dos visionários e o livro passasse a figurar na secção de Ficção Científica. Com “Ecologia”, porém, a realidade é outra e bem diferente. O conhecimento que hoje temos do mundo e a percepção do que se passa à nossa volta torna o livro assustadoramente actual, um breve passo de distância entre a nossa realidade e a realidade ficcionada (muito mais breve do que se possa imaginar). Para tal, Joana Bértholo desenvolve a narrativa a partir dum conjunto de personagens com as quais facilmente nos identificamos – porque vivendo os mesmos dramas e convivendo com as mesmas dúvidas que nós -, alicerçando-a em acontecimentos próximos ou mesmo coincidentes com aqueles que marcam a actualidade.
Clarividente, segura no exercício de somar dois mais dois, a autora rejeita o tom profético para nos dar uma imagem daquilo que está em marcha. Privatizar a palavra como forma de controlar as massas pode parecer chocante mas não é nada que não tivesse acontecido já (veja-se o caso do franquismo e a forma como se silenciou o catalão, o galego e o basco); privatizar o pensamento, isso sim, é diabólico, mas sabemos também o quanto tem de correspondência com a ambição dos ricos e poderosos. Divertido, mordaz, cáustico, amargo, contundente, sarcástico, irónico, incisivo, corrosivo, provocante, estimulante, mobilizador e, sobretudo, extraordinariamente inteligente, “Ecologia” é um romance que encerra um conjunto de mensagens sólidas e avisos severos. Há que atentar nele e elevar a guarda. A terceira vaga está a chegar!
NOTA: Brilhante a forma como Joana Bértholo deslinda a questão do título deste seu livro. Uma solução notável, como notável é todo o trabalho em torno deste “Ecologia”.»
O MUSEU DO PENSAMENTO no Público
Rita Pimenta
O MUSEU DO PENSAMENTO na Visão
Pedro Dias de Almeida
O MUSEU DO PENSAMENTO no Expresso
José Mário Silva
INVENTÁRIO DO PÓ no JL
O LAGO AVESSO no JL
Miguel Real
«Havia — Histórias de Coisa Que Havia e de Outras Que Vai Havendo» (2013)
«Aquilo que para uns serve como “abertura fácil” ou como “fuga para a frente” ganha em Joana Bértholo uma dimensão de “estado superior de luta” , sendo perfeitamente transmissível a sensação de que trabalha mas não esforça, agudiza mas não estica, diverte-se e diverte-nos mas não deixa achincalhar a prosa, cria e inventa mas não se deixa escorregar para delírios rasteiros.»
João Gobern, Diário de Notícias
“Os 33 contos e microcontos [de Havia] são do mais fresco e original que tem chegado às nossas livrarias.”
Ana Dias Ferreira, Time Out
“Esta segunda narrativa de Joana Bértholo constitui-se como o livro de microficção de mais elevada qualidade estética publicado em Portugal.“
Miguel Real, Jornal de Letras
«Diálogos Para o Fim do Mundo» (2010)
“Romance perturbador. Esperamos com forte expectativa o segundo livro de Joana Bértholo.”
Miguel Real, Jornal de Letras
“Em suma, Diálogos para o Fim do Mundo – mosaico que «está a acabar desde que começou» e coloca habilmente em causa a própria ideia de romance – parece-me uma das estreias mais promissoras e estimulantes dos últimos anos.”
José Mário Silva, Expresso