Coisas Que Podiam Ser Ditas (sobre Otelo)
«Indizível porque é tabu, porque foi censurado, por ser politicamente incorrecto,
ou porque transcende as palavras e remete à experiência mística…
Ou será que é por ser dito por uma rapariga?
Demasiado nova para ter uma opinião fundamentada sobre certos assuntos.
Demasiado feminina para não deixar a sua opinião vacilar subjectivamente.
Demasiado…?
Demasiado sonora?
Demasiado provocadora?
Com demasiado cabelo à mostra?
Demasiado histérica?
Demasiado imaterial?
Demasiado digital?
Demasiado online?
Demasiado vocal?
Online tenho voz!
Depois de séculos de silêncio, eu agora tenho uma voz.»
Estreia
16 de Novembro de 2022
Centro Cultural Malaposta
Lisboa
Carreira
16 a 27 de Novembro
na Malaposta, em Lisboa
Aquilo a que prestamos atenção, o que fazemos com ela, como a depositamos e a gerimos, tornou-se objecto de um imenso interesse económico. Compra-se e vende-se a possibilidade do nosso olhar; e valiosíssimo é prever o nosso gesto seguinte. Nesta peça, um grupo de pessoas interessadíssimas em captar a nossa atenção encontram um terreno comum: um mágico, um criador de conteúdos digitais, uma adolescente e o seu irmão. Há também uma peça de arte clássica que quer ser ouvida, que quer finalmente poder contar a sua história.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Encenação
JOSÉ MATEUS
Texto
JOANA BÉRTHOLO
Interpretação
PEDRO BARBEITOS, PEDRO PERNAS E SUSANA ARRAIS
Espaço Cénico
LUÍS SANTOS
Figurinos
RUTE ROCHA
Espaço Sonoro
ALEX D’ALVA TEIXEIRA
Desenho de Luz
ALEXANDRE COSTA
Operação de Luz e Som
ALEXANDRE COSTA
Design Gráfico
JOSÉ CRUZ
Fotografia
BRUNO MARTINS
Produção
GATO QUE LADRA
Apoio REPÚBLICA PORTUGUESA – MINISTÉRIO DA CULTURA / DIREÇÃO-GERAL DAS ARTES
© Fotografia BRUNO MARTINS