Augusta B. — ou as Jovens Instruídas 80 Anos Depois

«— Sabes que mais? Devíamos fazer como a Agustina! — exclamou.

E foi aí que tudo começou. Foi nesta frase que tudo teve início, quando Raquel desafiou Augusta a seguirem o exemplo de Agustina. Os olhos de Augusta abriram-se como se ouvisse este nome pela primeira vez. A sua atenção cativa: o que fez Agus­tina?, foi a questão nunca formulada mas de ime­diato respondida. Raquel detalhou então a ousadia de um gesto que celebrava naquele ano — 2024 — oitenta anos. Tudo naquela história soava obsoleto: o veículo, os modos e o contexto. Mas talvez não o impulso, sentiram elas; talvez não o anseio, talvez não a carência, a volúpia ou a inten­sidade. Porventura nada do que realmente importa teria mudado.»

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