PALCOS

Festival Teatro das Compras

edições de 2014 e 2015

 

 

Direcção artística

Giacomo Scalisi

 

Produção

EGEAC/CML

 

Integrado no programa das Festas de Lisboa, o Teatro das Compras visita e convida a visitar as lojas tradicionais da Baixa e transforma-lhes a montra em palco, para apresentar peças de criação exclusiva. No palco improvisado, há espectáculos de curta duração com actores, bailarinos, músicos e cantores, criados a partir das memórias do próprio espaço.

 
EDIÇÃO 2014
O que vêem as nuvens

LOJAS da edição 2014
Au Petit Peintre, Café Nicola, Chapelaria Azevedo Rua, Discoteca Amália, Franco Gravador, Ginjinha Sem Rival, Hospital de Bonecas, Manuel Tavares Lda, Pérola do Rossio, Retrosaria Bijou.

 

Actor(es): André Amálio, Carla Galvão, Catarina Requeijo, Cristina Carvalhal, Duarte Guimarães, Luís Godinho, Miguel Fragata, Pedro Gil, Raquel Castro, Tânia Alves, Tonan Quito

 

RETROSARIA BIJOU
Butão ou O Reino da Felicidade

O Butão foi considerado pela imprensa ocidental como um dos lugares mais “felizes” do mundo.
Um monge do reino do Butão, de passagem por Lisboa por razões muito especiais, vai contar-nos um pouco das coisas que aprendeu ao longo de uma vida de pensamento e contemplação, propondo-nos que olhemos para alguns artigos que compõem uma retrosaria com a frescura e a disponibilidade que caracterizam o aprendiz.

 

Intérprete: DUARTE GUIMARÃES
texto: JOANA BÉRTHOLO

 

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AU PETIT PEINTRE

Grand Deluxe Genuine Lisbon Experience Plus

Várias lojas e serviços da baixa estão a desaparecer para dar lugar a hotéis. Onde agora inauguramos mais um hotel, houve outrora uma loja e galeria de arte e, muito antes disso, uma vacaria. À personagem investidora que quer comprar todo este quarteirão da baixa vamos poder perguntar “mas isto para si é tudo um jogo?” – e a forma como ela escolher responder poderá revelar-nos muito sobre o futuro da nossa cidade.

 

Intérprete RAQUEL CASTRO
texto: JOANA BÉRTHOLO

 

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CAFÉ NICOLA
Destinos e Clandestinos

Turistas. Visitantes, estrangeiros, viajantes, deslocados, desertores, fugitivos, forasteiros, clandestinos, refugiados, exilados, emigrantes, expatriados. Espiões. Os outros. Quem é afinal este outro que nos visita?
Desde que o Café Nicola ali se encontra, 1787, que algum estrangeiro terá feito dele casa improvisada, apeadeiro, refúgio e, numa certa altura, plataforma de embarque para as Américas. Muitos casais o devem ter usado como ponto de encontro. Para alguns deles terá sido, fatalmente, um ponto de desencontro.

 

Intérpretes: PEDRO GIL e CARLA GALVÃO
texto: JOANA BÉRTHOLO

 

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A PÉROLA DO ROSSIO
Chá de Síntese

Há muitas outras lojas na baixa igualmente cheias de histórias, também estas a pedir por ser reveladas. Enquanto 10 peças de teatro focam a sua atenção, simultaneamente, sobre 10 lojas que a edição de 2014 do Festival contemplou, tantas outras existem, portas vizinhas, que vos lançam o mesmo convite. Voltar a olhar. Dar tempo. Mas é claro, quem quer ver as peças não pode andar a passear pelas lojas. Para se estar num lugar não se está noutro, isso é evidente. Não há tempo para tudo. Nunca há tempo para tudo. A maior parte do tempo, não há tempo para nada.

 

Intérpretes: TÂNIA ALVES | ANDRÉ AMÁLIO
texto: JOANA BÉRTHOLO

 

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CHAPELARIA AZEVEDO RUA
O Museu do Pensamento

*Desde 1886 a guardar o melhor cogito nacional*

O chapéu é, neste Museu, um dispositivo gravador de pensamentos. Recolheu-se ao longo dos 128 anos de existência da loja um espólio considerável, reflexões sobre Lisboa e os seus habitantes, através dos tempos. Este arquivo protege com igual reparo as mais triviais reminiscências de anónimos transeuntes. Fruto da inovação tecnológica, também é possível encontrar chapéus medicinais. São chapéus que não só gravam como também induzem todo o tipo de pensamentos. “Eu não me preocupo tanto, eu sei que vai correr tudo bem” é um dos modelos mais procurados.

 

Intérprete: MIGUEL FRAGATA
Texto: JOANA BÉRTHOLO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FRANCO GRAVADOR
Por sinal, adubo para magnólias

As palavras escritas têm um poder imenso, podem facilmente matar ou dar vida, podem fazer-nos rir do mundo ou de nós próprios. Um simples cartão pessoal pode burlar muita gente, um sinal de perigo mal colocado pode matar, uma carta em envelope lacrado pode destruir uma vida.

 

Intérpretes: CATARINA REQUEIJO
Texto: AFONSO CRUZ

 

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MANUEL TAVARES
Receita de bolo para morrer em paz

Uma receita de um bolo para curar o passado, os remorsos, a solidão e a culpa. Várias frutas cristalizadas, frutos secos, aguardente e vinho do porto tentarão fazer a diferença, e suportar a redencão de uma vida.

 

Intérprete: LUIS GODINHO
TEXTO: AFONSO CRUZ

 

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HOSPITAL DAS BONECAS
Não fabricam ursos magros?

Um carro de lata, um urso, um action man, um santo sem mão, são alguns dos brinquedos, bonecos, imagens, que conversam na sala de espera do hospital, partilhando as dores, os remédios, e, eventualmente, alguma esperança.

 

Intérprete: CRISTINA CARVALHAL
TEXTO: AFONSO CRUZ

 

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DISCOTECA AMÁLIA
Depois, Alfredo, veio a altura de diminuir.

Dentro da música há espessuras que não desconfiamos, mas que lutam pela liberdade, armadas de analogias e metáforas. Uma boa parte do século XX, contada por uma fadista, desde a opressão da ditadura, atravessando a esperança da Revolução e acabando nos dias de hoje.

 

Intérprete: TÂNIA ALVES
Texto: AFONSO CRUZ

 

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GINJINHA SEM RIVAL
Flor no cabelo de Lisboa

Será possível que o campo possa caber dentro de uma garrafa? Esta será uma maneira de testemunhar como uma flor pode transformar tudo, a vida, a economia. E, no final, esperar que um palhaço possa salvar o mundo, usando apenas uma flor, não para nos fazer rir, mas para nos fazer felizes.

 

Intérprete: TONAN QUITO
Texto: AFONSO CRUZ

 

 

 

 
EDIÇÃO 2015
O que vêem as nuvens